sexta-feira, dezembro 31, 2004

Juha's Reveillon

Uma das cenas mais fortes que já vi, foi no filme "Instinto" (Instinct, EUA, 99), em que Anthony Hopkins, Dr. Ethan Powell, e Cuba Gooding Jr., Dr. Theo Calder, discutem:


Ethan: I don't want your help.
Theo: What do you want?
Ethan: I want you to listen and share close to you.
Theo: Why don't you tell others?
Ethan: I am not for this world. Not any more.
Theo: What world is that? In your memories.
Ethan: I want to finish this.
Theo: Finish what? What made you think what you know is any different from what other people know.
Ethan: I have different teachers.
Theo: O.K. So, I am supposed to pass on your...
Ethan: Yes, I suppose.
Theo: What made you you pick me?
Ethan: Looking into your eyes. You seem to have powerful brain. That look. curious, searching, unsatisfied, slightly pissed off.
Theo: Why didn't you pick your daughter.
Ethan: Leave it alone!
Theo: Why did you refuse to talk about it. She wants to see you. I say we talk about it.
Ethan: I was wrong about you, Juha.
Theo: Explain that.
Ethan: Tell them to open this door. You're not the one, Juha.
Theo: I'm not the one?
Ethan: No.
Theo: I am not the one who cuts your medication? I am not the one who would say if you are incompetent for a hearing and a chance of getting out of here? I am the one.
Ethan: Oh, yeah?
Theo: I am the one.

(Ethan agarra, violentamente, Theo pelo terno e o lança contra a mesa. Rapidamente Theo é imobilizado.)

Ethan: WHO'S IN CONTROL?

(Apesar do esforço, Theo fica completamente à mercê de Ethan que, com uma chave de braço, prende o pescoço de Theo e coloca uma fita adesiva [duct tape] em sua boca. Ethan continua a conversa, falando no ouvido de sua vítima.)

Ethan: So who's in control, huh? Are you? Am I? The guards outside? The warden in his office? Yeah? Who's in control? (Ethan pega o gravador de Theo) Testing, testing, testing, 1, 2, 3, 4. Dr. Ethan Powell interviewing Dr. Theo Caulder. Now, this will be a very simple test, pass or fail, life or death. Now you write on this paper what I have taken from you. What have you lost? (gritando com violência) Write it! WRITE IT!
Theo (escrevendo no bloco de papel): "control"
Ethan (rasgando e jogando fora a folha): WRONG! You never had control, you only thought you had it! An illusion, tabibu juhu! And what do you control - for sure, huh? The volume on your stereo? The air conditioning in your car? What else? WHAT ELSE? ... Alright. Another chance. You were nervous. Too much presure. Try again. What have you lost? What did I take? Write it. Write it!
Theo (continuando a escrever no papel): "my freedom"
Ethan (novamente rasga e joga, a folha, fora): You're a fool, juha! Ha! Did you think you were free? Where were you going at 2:00 today? Into the gym, right? In the morning, your wake up call. In the middle of the night, when you wake up sweating with your heart pounding. What is it that has you all tied up, juha? Is it ambition? Yeah... You're no mystery to me, boy. (sussurrando) I used to be you. Okay. One last chance. You think I won't do it? Ha. What's one psychiatrist less to the world. I'm already deep in the pit. So what else can they do to me? Last try. Get it right. What have you lost? What did I take from you? Write it.
Theo (chorando e tremendo com o lápis na mão): "my illusions"
Ethan: Yeah. Congratulations. (soltando-o, beija sua bochecha e arranca a fita). You're a student, after all. And you're lost nothing but your illusions... and a little bit of skin. (Theo arregala os olhos. Ethan pisca o olho para ele.)




O ser humano precisa de ilusões. Precisa da alegria do Reveillon e do "Feliz Ano Novo". Precisa da esperança por dias melhores. E que seja assim: que cada um receba aquilo que precisa, e que receba em dobro, com juros e mora por ainda não ter recebido na quantidade desejada.

domingo, dezembro 26, 2004

Tema Único: Façam suas apostas!

Gostava de seu nome, quem a conhece (leia-se: já a viu por mais de uma vez), sabe que significa "anjo", e que "anjo" significa "mensageiro". Era a sua desculpa para fofocar e rir dessa vida. Mas, o seu melhor hábito era o de fazer reservas. Não tinha muito e guardava tudo que tinha de valioso. Colocava num porquinho azul de pintinhas amarelas de barro. Se vinha uma moeda, guardava, se tinha notas, guardava, e foi assim, até que por um motivo político teve que quebrar o cofre. Seus cruzeiros deveriam ser convertidos em reais, a cada Cr$ 2.750,00 teria R$ 1,00. Sua fortuna de anos tinha se convertido em R$ 141,32 e uma dezena de bilhetinhos de promessas e sonhos do que queria ter e ser nos anos que começavam.

Descobriu que estava atrasada nas suas perspectivas: não tinha casado com Robervaldo, não tinha nem gêmeas e nem um menino, não tinha passado no vestibular de enfermagem... só tinha um emprego estável: secretária de um consultório médico, mas não era o que ela sonhava no auge dos seus "25 anos e com tudo em cima, viu?!".

Acabou dando o dinheiro do cofre para a mãe, que a tempo esperava juntar o suficiente para trocar o telhado da casa, e queimou os papéis. Foi assim que recomeçou – agora é diferente, pode apostar – fazendo novíssimos projetos e grandes sonhos. Comprou um porquinho amarelo com flores rosas, para mudar de estilo, e seguiu sua vida.

Esse porquinho viveu mais, foi do topete do Itamar até hoje, com o fim do namoro de 6 anos e 10 meses com Lúcio. Quebrou o porquinho por um outro motivo político: cansou do governo de sua vida iria fazer uma revolução. Juntou os recursos que tinha, notas, moedas e papéis. Procurou dentre esses e jogou aquele fora que dizia: "Em 2001, eu caso com Lúcio".

Vou fazer diferente, pode apostar, ou não me chamo Ângela!

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Na Massa Crítica

Vivia dividido e já estava acostumado com isso, explodir era mais raro, mas não deixava de ser natural. Até que explodi de verdade e fui dividido e espalhado por todo o planeta. Em todo lugar podia se encontrar uma parte de mim: uma unha, um dente, o cerebelo... Foi quando o que eu mais temia aconteceu: perguntaram aonde eu estava... e eu não soube responder.

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Conhece alguém que faça 300 pontos?

Só amei uma mulher e só experimentei o amor dela. Nunca senti falta de algo que ela não me desse e em nada a privei. Tive três acidentes de percurso, mas todos eles me deixaram satisfeito, vieram no tempo certo, ainda que em tempos difíceis (quando o nosso excelentíssimo senhor presidente perdeu, pela quinquagésima vez, o controle econômico do país). O mais velho puxou meus defeitos, a mistura de indisciplina e responsabilidade que me aflige até hoje, vive numa busca eterna e inconsciente por resultados e pela aprovação de só Deus sabe quem (dele mesmo, imagino). A do meio está com namorado (e o ciúme me come vivo por isso), mas é assim, um dias isso iria acontecer – só espero que ela siga nossas orientações! O mais mais novo é o meu problema, ele agora fica se gabando porque já está mais alto do que eu – já não bastava ele ter me superado na natação, agora tenho que ficar escutando que estou velho demais – é um gaiato!

Não sei se foi porque eu acertei de cara ou porque eu sempre fui muito teimoso e fiquei insistindo em concertar tudo no que se refere a amigos/família/amor, só uma coisa que penei de verdade para me definir: trabalho. Fui gari, lavador de pratos, servente de cozinha tanto na limpeza quanto do cozinheiro, garçom, office boy, técnico de informática, gerente de finanças, assistente da Procuradoria... tanta coisa até chegar aqui que chega cansa só de lembrar.

Ter muitas experiências, tentar muitas coisas, tem seu lado bom, mas o bom mesmo é acertar de primeira! É como no boliche, quando acerta assim, na próxima rodada os pontos vêm em dobro. É... acho que fiz bons strikes nessa minha vida, só não deu para fazer uma "linha".

sábado, dezembro 18, 2004

Tema Único: Então é Natal

Natal, nascimento. Deus se fez carne e habitou no meio de nós. O messias, finalmente, veio para resgatar o homem, conduzindo-o à salvação. Obviamente, esse deveria ser um marco e mais do que motivo para grandes homenagens.

Natal, feriado. Dias de grande aquecimento no comércio, tanto com a liberação de dinheiro do 13º, quanto pelas grandes campanhas de encerramento de ano, dando um último impulso ao desenvolvimento econômico do país. É o período de maior expectativa de lucro do ano.

E então? É Natal?

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Rota Rotina Rotativa

...a cama, mas não conseguia dormir direito, as preocupações do dia o deixavam tenso. Olhava no relógio: 3:47. Como iria acordar às 7h? Estava ferrado. Nem viu a hora que conseguiu dormir, mas o relógio não quis saber e o acordou, mesmo assim, na hora combinada: tinha que trabalhar. Levantou, escovou os dentes, tomou café, escovou de novo, saiu. Engarrafamento: estava ferrado mais uma vez, o chefe o mataria se chegasse atrasado novamente. O trabalho era bom, mas já estava ficando muito repetitivo, queria mudar, mas faltava oportunidade. Gostava da dinâmica da coisa, mas faltava a paixão (nem lembrava o que era isso). Almoço rápido (pois iria aproveitar o horário para finalizar a apresentação do projeto que o chefe estava esperando para ontem!). É luta! Iria esticar um pouco até as 20h, para concluir uma tarefa (é o mal de quem ganha por produção) só não imaginava que iria render tanto! Já eram 21:23, amanhã pensaria em como descascar aquele abacaxi. A essa hora só restava um drive-thru, queria chegar rápido em casa. Habib's ou McDonald's? Beirute! Dizem que engorda menos e já estava precisando de perder alguns quilos. Chegou em casa, jantou assistindo o noticiário gravado (sabia que ia chegar tarde, por isso programou VCR), terminou aquele jantar sem gosto, escovou os dentes e ainda tentou ler um material da especialização, desistiu, já estava cansado demais, e já passava da hora de ir para...

domingo, dezembro 12, 2004

Tema Único: Tudo Acaba em Pizza

Prefiro escrever coisas que me façam rir.
Sim, sim... rir de mim mesmo.
Gosto de rir ainda que sem controle...
Da minha desgraça,
Do meu delírio,
Do meu jeito,
Escancarado...
Exibindo os cisos.
Gosto de rir com gosto.
Como quem faz quando está com velhos amigos,
Ou, de leve, como quem anda pensando em quem ama.

Rir é bom, chorar não.
Das três vezes (ou foram duas?) que chorei, meu corpo todo doeu!
Chorar é horrível!
Na primeira delas, eu passei um tempinho engasgado, dei uma forçadinha de leve e, finalmente, acabei-me em lágrimas. Nas outras, eu me segurei... e escapuliu, foi péssimo.
Rir também dói: dói boca, bochecha e barriga, mas dói e passa... Logo, logo estou novo em folha.

Se estou triste, agora finjo um sorriso.
E acredito nele!
Ele nunca me traiu, por que desconfiar dele?
Aquele sorriso fingido me contagia.
Acabo sorrindo de verdade, como agora.

Só o cara da pizza pra me tirar o sorriso, e lembrar que não posso sair pra um jantar de verdade, quando se acaba, acaba em pizza.

Sair pra jantar... era só com ela.

segunda-feira, dezembro 06, 2004

Peito pra frente, barriga pra dentro! Marche!

Mais uma Segunda-feira, bem que poderia ser Domingo...

Cada dia, sinto que sou mais parecido com Garfield. Preciso me controlar e fazer o que está além da vontade instintiva. Existe algo lá dentro que diz que eu ainda sou um ser racional.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Arsenal

Tem gente que devia mostra a licença pra porte de arma antes de falar...

terça-feira, novembro 30, 2004

Guerras Galáticas

Estava sofrendo um ataque intenso.
Certamente, haveria muito derramamento de sangue.
Éramos quatro: um amigo que era o alvo do ataque, outro que me ajudava na defesa, o inimigo e eu.
O que poderia fazer? Conversar e ver a desgraça chegar.

(só o atacante e eu vigiávamos o movimento das frotas)

Enquanto eu e meu companheiro virávamos alvos para que eu recuasse, a conversa fluía muito bem com quem me atacava. Ele de um lado, fazendo cálculos de guerra e eu cancelando minha produção de armas que seriam pulverizadas no primeiro instante de sua chegada. Falávamos sobre aquele jogo de guerra: das estratégias de ataque, do papel de um Comandante Geral em servir de exemplo, ainda que sofresse por isso (ambos éramos CGs) e de eventos passados.

Ele ainda não tinha visto alguém que fizesse tanta questão de defender um em detrimento de si, que não se importava em sofrer o dano, que não ficaria chateado com aquele ataque até porque já tinha dito que no lugar do atacante, faria o mesmo.

Passou-se mais de uma hora e ele recuou, admitiu que tinha sido derrotado. Ficamos amigos, cada um colocou o outro na sua lista de amizade (são votos de confiança extrema, visto que ambos ficamos vulneráveis a traição do outro).

Síndrome de Estocolmo? Não, apenas escolhi a melhor arma para a defesa.

quinta-feira, novembro 25, 2004

Happy Hour

– Eu odeio os argentinos!
– E por quê?
– Bah! Eles só querem ser "europeus"!
– E o brasileiro não quer ser "americano"?
– Não! A gente quer é ser livre!

domingo, novembro 21, 2004

Auto-análise

– Que dia de M3RD4! Que vida de M3RD4!

Era a única coisa que sabia dizer, intercalando entre "imbecil e idiota", para não ficar tão monótono, o discurso contra si mesmo.

RECYCLE LIFE
DONATE BLOOD
(Red Cross)

Já estava abalado há dias quando viu aquela propaganda. Leu de novo, divagou. Riu sarcasticamente de si mesmo: pensara que o único produto da reciclagem de sua vida seria, na melhor da hipóteses, adubo orgânico, mas jurava que seria rejeitado por ter quase convicção de que era lixo tóxico. Por isso, andava desconfiado do carro da Emlur, temendo ser seqüestrado (mas queria sumir de alguma forma). Seu temor só podia ser explicado pelo senso de autopreservação que todo animal possui. Sim! Puro instinto animal. Lindório nem se sentia mais "humano", era apenas um rato imbecil e idiota. E como rato, seu mundo era um esgoto e sua vida um esterco. Esterco? Esterco nada! Isso ainda serve para alguma coisa! A de Lindório só fedia.

quinta-feira, novembro 18, 2004

Libertino

Um tiro no suspeito, foi assim que começou. PEI! E atingiu bem ali mesmo, no meio do peito, arrancando aquele pedaço, ficando um susto.

E o matador psicótico continuou seu caminho...

Saiu picotando quinhentos e deixando quintos, arrancando até a cor do coração para neutralizar sua ação! Tirou um samba macabro de uma nota só em face do faminto, intitulou-o "minto". Com corda enforcou os que concordavam com a preservação da ordem, restando quase nada deles e, inebriado, brindou com cerva a desordem, sucumbiu trocando letras e desmaiou vendo demais.

quinta-feira, novembro 11, 2004

[ PULSAR ]

Queria bater uma prosa,
escrever um gesto livre,
mas a métrica do tempo
normatiza o pensamento.

Foi quando eu percebi que existia, e ainda existe (bem aqui, aqui não, mais ali na frente, vou mostrar...) um erro de concordância de gênero e número, que desafina o tambor do meu ouvido, soa até bizarro: “prazer na obrigação”, assim tão juntos na mesma fase decantada insubordinada substantiva.

Foi estranho, mas foi assim mesmo que eu li naquela bula de pomada para uso utópico (para por no lado sinistro da testa) e esperar seu efeito por trinta minutos de bons sonhos com recheio de vida de sucesso.


Foi assim: eu estava com a cabeça bem aberta, sem querer, meu cérebro caiu no multi-processador quando eu apertei aquele botão dali de cima.

Foi-se...

quarta-feira, novembro 10, 2004

Relações Pessoais: A Ignorância, o Inexplicável e o Miraculoso

Foi de pau e de pedra feito.
Para com pau e pedra dar jeito.
Descer o pau, lascar a pedra:
"Educação Tradicional" com efeito!

– Coitado, vai deixar traumatizado.
– Agressão, vai levá-lo à perdição.
– Meu Deus, o que ele fará dos seus?
– Nada de mais... papai me ama demais.


A psicologia, hoje, é tão avançada quanto a medicina era, no Império Babilônico.

sexta-feira, novembro 05, 2004

KKK* Style

Perdi meu estilo,
minhas calças jeans rasgadas,
minha camisa florida,
minha t-shirt x-large,
minhas pulseiras de linha,
minhas sandálias,
meu body board,
meu cabelo,
a cor da minha pele.

Foi assim que eu acordei num quarto,
e, graças a Deus, eu não era um inseto,
estava num lugar que não conhecia,
nem sabia como tinha parado lá.
Descobri que fui formatado em 1.44mb
e estava sofrendo um processo,
eu, que já era fruto dum processo
de estudar Direito e Processo,
sou, agora, matéria processada
em busca do meu pé-de-pato Redley.

* Kahuna, Kafka, Kant

quinta-feira, novembro 04, 2004

Cliché Sou(l)

Vou-me embora pra Passargada. Lá não há uma pedra no meio do caminho, nem se vê um bicho na imundície do pátio. É onde se vive os sonhos têm e os campos são cobertos com rosas do povo.

Quis fugir dos grilhões da memória, quis viver e falar de um amor inédito, mas ao tirar tudo o que era comum, cliché e vulgar, quase foi embora minha vida e meu coração que ineditamente batia por outra pessoa (como tantos outros). Quase parei, quase calei, pois não havia palavra, gesto, olhar, qualquer outra ação ou pensamento que fosse sui generis, mas era para mim, então prossegui.

Um bom ensinamento pode ser aprendido, mas a boa experiência deve ser vivida.

Por mais medíocre,
por mais comum,
por mais tola...


...ninguém se satisfaz apenas com palavras...

sábado, outubro 30, 2004

Puzzles

Vida

Uma

Correnteza

Vira

Muvuca

Intensa

Viaja

Sempre

Desritmada




Pior

De

Tudo

É

Perceber









Vida

De

Mim!

Pareço

Estar...

Fugindo

Pobre







Tempo

Descontrolado

E

Pouco

Fazendo

Passando...





Quero as rédeas.

sexta-feira, outubro 29, 2004

Ditoso

– Tenho uma terrível sensação de não estar sendo seguido.


– Ter o olho maior que a barriga, eu tomo por elogio. Já ficaria satisfeito se minha cintura fosse igual a minha cabeça (mas ela insiste em ser maior).


– O apressado come crú, o atrasado não come nada (por mim tudo bem, eu só quero lâminas [de sashimi]).


– Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, por isso, é que eu sonego.

quinta-feira, outubro 28, 2004

Desejo

Olhos de esmeralda
Dentes de marfim
Pele de mármore branco
Cabelos de vinil preto e brilhante

...sonho...


Olhos de fogo
Lábios doces
Pele macia
Cabelo esvoaçantes

...ilusão...


Fome dos olhos
Sede na boca
Carência a flor da pele
Fantasias na cabeça

...realidade...


Insatisfação.

domingo, outubro 24, 2004

Honraria (parte 3)

Dessa vez, quem me convidou à interblogalidade foi Susy.

Espero que gostem.

Também te amo, meu querido.



– Tia! Tia! Meu pé de feijão! Vem ver! Tá gigante!
– Tia! Ele não quer me dar o lápis!
– Tia, não dá, não... não encaixa! Já tentei um bocadão! Acho que tá escangalhado, viu?
– Tia... posso te contar um segredo? Mas não diz pra ninguém não, tá?
– ...fiz pra você...

Eram seus filhos, todos eles. Nunca parira, sentia até falta de ter um (queria um casal), mas sobrava-lhe carinho, cuidado, amor, sangue... nada era valioso demais para que não merecessem (quando não mereciam uma boa pisa!). Voltava pra casa sozinha e esgotada, todos os dias, mas quando os encontrava, todos os seus inhos e inhas ali, renovavam suas forças.

Tinha certeza que era a mais amada de todas as mulheres do mundo, com aquele colar de canudinho pendurado no pescoço

sábado, outubro 23, 2004

Estereótipos

A paixão da vida do homem, tem olhos de esmeralda, dentes de marfim, pele de mármore branco, cabelos tão negros e brilhosos que somente podem ser feitos de algum metal desconhecido. Sua paixão é uma pedra fria, que nunca reagiu a suas investidas.

Troca sua própria estabilidade pela intranqüilidade e efemeridade dos olhos em chamas, dos lábios doces, da pele macia, dos cabelos esvoaçastes.

Há fome nos olhos, sede na boca, carência à flor da pele, fantasias na cabeça.

São muitos(as) os(as) insatisfeitos(as).

Não existe justiça no estereótipo, há apenas uma licença para construir uma imagem comum e preconceituosa.

Revoguem-na!

quarta-feira, outubro 20, 2004

Perfil

Todo Blogueiro é masoquista, ou só sou eu?

Em pouco mais de 100 dias:
...quatro mudanças de endereço;
...quatro templates novos;
...dois templates para amigos;
...duas recuperações insatisfatórias de arquivos de blogs perdido;
...e um flog.

quinta-feira, setembro 30, 2004

Thanks Google

setembro 15, 2004


Entre Presas


Era uma gata de olhos negros, tais como seus pêlos, brilhantes. Tinha sua vida, seu dono, sua dose de leite diária. Matava ratos por prazer, não os comia, fazia por pura brincadeira. Sem rotina, vivia em contrastes: acordava lentamente, preguiçosa por excelência e, quando queria, era só energia.

Daquele jeito espalhava ferormônios no ambiente, para loucura dos demais felinos da vizinhança.

Naquele olhar morto, o cão via tudo, achava-a estranha, mas não se movia da sua rotina, da sua guarda, da sua casa e ração. Era até educado na sua brutalidade, e culto ainda que bárbaro. Um misto de impiedade e lealdade.

Aquela estabilidade a enfurecia, e, só ele, ela amara.


setembro 09, 2004


Ensaios


Dedos calejados tocam instrumentos, canções antigas tocam corações.



Memórias tocam a alma.

Créditos:

Breno me mandou o link dessa animação.

Os autores fazem parte do Laboratório de Desenhos.

A página original é essa.


setembro 01, 2004


Outono de 1992


...primeiro vamos dobrar no comprido, assim... -- Foi ótimo o show com as crianças, não? Eu me atrapalhei um pouco com as cordas, mas no fim a mágica saiu direito. -- mais uma vez, no comprido... -- Você também foi muito boa com a história! As crianças nem se incomodaram com essa lona preta, nem com o sol! -- ajeita aquela ponta ali... isso... de novo... -- Bem, como eu estava dizendo, foi um milagre elas não se dispersarem nessa tarde tão seca! Você sabe hipnotizar! -- Pronto! Agora vamos juntar as pontas... assim... OUSH! Machucou você? Doeu? Ahahaha! Ouviu o barulho? Viu o brilho? Se foi essa eletricidade toda só com um toque de mãos, imagine com um beijo?!

(Acho que vou me apaixonar...)

terça-feira, agosto 31, 2004

Thanks Google

agosto 31, 2004


Na Selva


Quando nasci a parteira ficou impressionada, assim que coroei ela não imaginou que eu pudesse nascer, era grande demais. Cheguei nesse mundo para abrir caminho... ainda que a jornada pareça impossível. Facilitei as coisas para os outros três que me seguiram nos anos seguintes.

Ser substituto do pai não é fácil, mas pior é ser substituto da filha que a mãe não teve. Coitado do
caçula! Acredito ela vai se arrepender se o garoto parar de rasgar os vestidos e virar bicha de verdade. Por isso que os outros dois foram para as bandeiras: pelo ouro, mas também para fugir da realidade dessa casa (e o maior já se foi por picada de mosquito, logo no primeiro ano).

Desbravar, abrir caminho no meio do mato, matar bicho... tudo isso é fácil demais, ruim mesmo é nessa selva de gente. Quem sabe daqui a 100, 200 ou 300 anos a vida entre os homens
não fique mais fácil?


agosto 30, 2004


Só queria ter uma


Quanto mais me envolvo com outras mulheres, maiores são minhas chances de ser infeliz. Quanto mais vou conhecendo outras, mais vejo que estou longe de encontrar a perfeita.

De tudo que vivi, apenas descobri...
...que a que tinha o melhor beijo era a que tinha o pior temperamento
...que a que tinha o melhor temperamento era a menos inteligente
...que a mais inteligente era a mais nervosa
...que a mais calma era a mais fria
...que a mais quente era a mais bitolada
...que a menos bitolada era a menos discreta
...que a mais discreta era a menos aventureira
...que a mais aventureira era a menos carinhosa
...que a mais carinhosa era a que tinha mais frescuras
...que a que tinha menos frescuras era a menos batalhadora
...que a mais batalhadora era a pior companhia
...que a melhor companhia era a mais vingativa
...que a mais compreensiva era a que menos gostei
...que a que mais gostei era a que mais me machucava
...que a que menos me machucava tinha o pior beijo.

Cada mulher que me envolvi, tinha uma coisa em que era a melhor, mas tinha algo em que era a mais terrível.

A única pessoa perfeita que andou por essa terra, não namorou ninguém, não casou-se com ninguém. Pelo contrário, levaram-no para uma cruz pra ser morto, e foi, masressuscitou.

Isso não me traz muitas esperanças de encontrar a perfeita.

O excesso de parâmetros que tenho das qualidades que pude encontrar nessa vida, só dificultam a tarefa de não sentir a falta das melhores qualidades na pessoa que estiver ao meu lado. Por isso, entre outros motivos, falava-se desde antigamente que se devia dormir apenas com sua mulher. Assim, o que me resta a fazer é abdicar do desejo de ter a perfeita e ser o tal, ainda quenão tenha aquela ao meu lado, se eu quiser ser feliz.

Talvez a pessoa mais feliz seja aquela que casou com a primeira e única namorada.


agosto 27, 2004


Troque seu cachorro...


No Veterinário:
- Vejo grandes melhoras! Seu cachorro estava estressado, tinha desenvolvido uma leve gastrite e estava visivelmente nervoso da última vez que veio aqui. Acho que você estava gastando pouco tempo com ele, só pelo fato de estar mais cuidadoso, ele já está muito melhor!
- É que minha mulher estava viajando e eu não sei cuidar muito bem de cachorro, agora ela já voltou.
- Não tem muita diferença, para essa raça, basta cuidar como se fosse um filho.

No Psicólogo:
- Doutor, não consigo sentir melhoras na minha vida.
- Será que você não precisaria investir mais no seu relacionamento com a sua esposa? Talvez, a partir daí, você conseguiria ver mudanças. O que você ainda não tentou? Como você acha que poderia investir melhor?
- Acho que preciso comprar uma coleira para mim.


agosto 26, 2004


Rodízio de Fondue


Vamos celebrar a carne que mordo e que mastigo!
Vamos celebrar o frango que não solto, mas que devoro!
Vamos celebrar o pão derretido com queijo misturado ao meu!
Vamos celebrar todas as frutas meladas de chocolate!
Vamos celebrar aos amigos, aos risos e a todo nosso barulho!
Vamos celebrar a conta errada, corrigida e efetivamente paga!
Vamos celebrar os serviços dos garçons e dos cartões de crédito!
Vamos celebrar por ontem ter terminado bem e por hoje já começar muito melhor!
Vamos celebrar por um pouco de mais tempo e, por favor, perdoe-nos a gula!


agosto 25, 2004


Conselho da Mãe: "Sei que dói, filhinha, mas assim você fica mais bonita"


Quando se está feliz, muito feliz, nós pulamos e gritamos! Fazemos prosa. É mais fácil fazer poesia quando se está triste ou quando se vive uma crise.

Na introspecção e na angústia prende-se o fôlego e... Nasceu! Pode-se respirar aliviado. Pelo menos por enquanto (a gravidez psíquica é muito mais rápida).

Existem pássaros que cantam poesia quando seus olhos são vazados, muitos outros apenas proseiam quando estão livres.

Há beleza sem dor? Talvez sim, tenho esperança. Mas o diamante é formado apenas com calor e pressão.A beleza nasce da dor. Somos todos belos.


agosto 24, 2004


Cada um tem a sua kryptonita


Dê-me um dia.

Um dia de paz, para chorar, como se de chorar fosse. E que fosse transcendental para não sentir meu rosto molhado, o frio no peito, nem o embrulho do estômago.

Mas só por um dia, se durasse mais também não agüentaria! Como seria triste a fuga se eu me perdesse do corpo... Sem sentir mais o coração batendo mais forte e meu corpo inteiro pulsar, sem se achar desejado pela esposa, sem perceber seu cheiro e seu mel a escorrer.

Nas histórias resumidas que você lê, meu filho, esses meus dias de crise são sempre cortados, mas não se preocupe, amanhã eu mato o dragão para você.


agosto 23, 2004


Pantomima


- ???
- ...
- ?!
- .
- !!!
- ...
- ...?
- !
-
!?



Às vezes, comunicação cansa.


Quanta energia se gasta para transformar o pensamento e o sentimento em linguagem que nem sempre é entendida? Quanta energia se perde ao querer entender o pensamento e o sentimento dooutro? Nem tudo se traduz em palavras ou gestos.

Às vezes, só nos resta o cansaço.


agosto 20, 2004


Memórias dum caleidoscópio


Não lembro direito da primeira vez que vi um caleidoscópio, era muito pequeno, não recordo da cidade ou do que fazia no local, mas lembro que eu estava numa lojinha artesanal, no meio de um parque enorme (para uma criança as coisas tendem a ser gigantescas) em algum lugar da região sudeste do país.

Lembro de ter brincado um pouco com um “cano que fazia o barulho da chuva” e depois eu descobri esse tal de caleidoscópio, que era uma caixa de Pega-Varetas com três espelhos dentro e que se eu visse dentro do buraco, para onde quer que eu olhasse, veria um desenho diferente. Fiquei hipnotizado. Corri para a janela e fiquei olhando o mundo ao redor cheio de desenhos que ninguém via. E via mais, porque nas facetas dos desenhos eu também conseguia reconhecer as imagens que formavam as novas imagens, assim podia ter pelo caleidoscópio as duas visões.

Não lembro que roupa eu vestia, quem me acompanhava, se fiquei ou não com o caleidoscópio que tirei dentre tantos que tinha naquele cesto de palha. Sei que a parede da loja era meio amarelada, a grama era verde-claro, à frente tinha muitas árvores que não davam frutos, mas tinham folhas verde-escuro que balançavam no vento e seus troncos eram acinzentados, elas ficavam do outro lado do caminho de pedrinhas cinza-claro que passava pela frente da loja, o céu era azul-claro com poucas nuvens brancas quase paradas. O tempo parou ali. Não sei como começou nem como terminou essa história.

Lembro dos desenhos que vi naquele dia e das cores que os compunham, se foi sonho, foi o mais colorido que já tive.

Não lembro... Lembro... Não lembro... Lembro... Era a primeira vez? Não lembro...


agosto 19, 2004


Meu Gol e Eu


Existe uma relação simbiótica entre o automóvel e seu dono. O primeiro ganha a vontade e todas as reações neurológicas do segundo, enquanto este tem toda sua potência física ampliada. É fácil notar esse elo quando o carro passa por uma lombada alta e raspa no fundo do carro: pelas contorções dos músculos faciais, percebe-se a dor que aquilo causou. Da mesma forma, podemos muito bem apontar aquele “carro doido que quase me atropelou”.

Agora, imagine a dor que senti quando vi que o rolamento da minha correia dentada travou e quase a derreteu? Quando abri meu capô e vi a fumaça, já me doía o peito, ao perceber onde tinha sido o problema deu-me uma dor ainda maior. Hoje, a dor passou um pouco, mas estou ansioso, sei que virá uma grande pontada no meu bolso quando eu receber a notícia de quantas válvulas e outras peças foram empenadas e estragadas.

Ai que dor... como estou doente!


agosto 17, 2004


Em parte


Um frio no peito
por pensar de-
mais num fu-
turo à di-
ante im-
placá-
vel,


De
quem
teve a
sua vida
vil gasta-
da e uma fra
ção de mim es-
tivesse faltando


agosto 16, 2004


Da exaustão dos estudos


... --- ...


agosto 13, 2004


Diálogo evitável (se não quiser perder pontos com ela)


- É... aqui no jornal tem muita coisa... dependendo do que você quiser fazer hoje...
- Bom, estou ocupada agora, tenho que ir, escolhe e me diz.
- Ver um filminho parece uma boa...
- Você decide o que for melhor, ok?
- Novamente nas minhas mãos...
- Por quê essa cara? Escolha um lugar bom, tá!
- Aqui! Parece interessante! Que tal? Hã? Não gostou? Você é que fica com cara estranha pro meu lado! Humf!
- ...

Um dos mistérios da mulher: Ela quer que você decida (para onde ir, o que fazer, o que comer, o que assistir...), mas na verdade ela quer que você adivinhe o que ela já tem em mente. Beijo: o prêmio se você acertar.


agosto 12, 2004


O Dia Depois de Amanhã


Com tantas cenas que eu sabia o que viria e como terminaria que só posso achar que estou ficando um verdadeiro expert em filmes comerciais americanos! B^) A única outra explicação viável é que a teoria das supercordas é realidade e minha mente está se comunicando com um dos meus 10 outros eus que já tinha visto o filme! ;^)

O filme é previsível!? Não! Definitivamente não! Muito pelo contrário! É uma boa desculpa para passar um tempo com alguém do seu lado na frente da TV ou do PC.

Muito mais sobre supercordas.


agosto 11, 2004


O monstro era Victor


Já faz um bom tempo que li Frankenstein, Drácula e O Médico e o Monstro... Por mais que você veja filmes, beber da fonte é algo insubstituível. Seja qual for (quadrinhos ou, como no caso, livros).

Lembro de ter visto “Frankesnteinde Mary Shelley” no vídeo cassete há vários anos. Recordo que tinha me identificado com monstro, a ponto de sentir uma pena terrível por ele e mal sentir o sofrimento de Victor. Como Frankenstein podia criar um ser “semelhante” sem que pudesse também dar-lhe condições semelhantes de existência? Ao ler o livro, ficava mais claro o conflito de quem buscava a cura para a morte e alcançara a criação de um ser que poderia dominar a terra. Um medo aparentemente infundado. Uma revolta desmedida. Um ódio irracional.

Usualmente, tem-se pena desse Prometeu Moderno, tanto quanto do Prometeu mitológico. Mas verdade é essa: ninguém que obstrui a felicidade de outrem vive sem sofrer, ainda mais quando se mostra como aquele que goza do bem almejado. Talvez tenha sido pior ao monstro que teve até a vingança roubada de suas mãos.

O Bem feito malfeito é um feito Mal.


agosto 09, 2004


Dos Quadrinhos às Telonas


Asterix e Obelix, Batman, Blade, Capitão América, Conan, Demolidor, Elektra, Flash Gordon, Garfield, HellBoy, Homem-Aranha, Homem de Ferro, Hulk, Juiz Dredd, Justiceiro, Liga Extraordinária, Mulher-Gato, Spawn, Super-Homem, Witchblade, X-Men...

Hollywood lê muita HQ.


agosto 06, 2004


Queimando as pestanas nos livros


Vistos, etc...


Tendo cumprido, com diligência, todo o procedimento nesta Curadoria e, baseado no Ofício 016/CTRN/04, fls. 37/38, arquivem-se os autos com as devidas cautelas de estilo.


João Pessoa, 07/04/04


Não ganhei nenhum ticket ou vale-transporte para redigir o despacho supra (e em nenhum momento reclamei disso, porque o que vivenciei deu-me o incentivo que eu precisava para continuar na luta), mas chegará o momento que ganharei alguns milhares de reais para assinar e carimbar o trabalho do meu estagiário.

Uma pausa no estudo do Direito Penal, uma andada, um copo de iogurte, um papel achado e um post derivado desse.


agosto 05, 2004


Feriados


Estados Unidos, 4;
Israel, 7;
Brasil, um pouquinho a mais do que isso.


Lamentável...


agosto 04, 2004


Os frutos da vitória


Não reside no prêmio prometido o maior lucro numa vitória, mas sim no efeito psicológico que se tem quando você percebe que superou seus limites.

Vencer a si mesmo é uma conquista que lhe leva a cortar barba, cabelo e unhas!

Depois de ultrapassar a pontuação total mínima (72 pontos) e os 40% de cada matéria (Português, Legislação específica do MPU e Direito), acabei ficando empolgado para estudar. Quem diria!

O resultado não é animador para se passar num concurso (80%, 50% e 60% daquelas matérias e 74 pontos do total), mas serviu como experiência para o primeiro concurso.

80% de Português!! Parece que ortografia não tem chance de cair em concursos, né Patrulhas? B^P


agosto 03, 2004


Caos Organizado


No meio do meu caos eu me acho, sei onde está cada coisa debaixo dessa confusão. Não arrume minhas coisas, não arrume meus papéis, não mexa na minha vida... Sua tentativa de me consertar levar-me-á à perdição. Não saberei o caminho de volta, nem acharei meus documentos.

Anos aperfeiçoando meus métodos de organização... Quem é você para dizer que não se pode viver assim?


agosto 02, 2004


Prazer na dor


Há quem goste de ver minha dor e meu conflito... que pena que hoje eu estou tão bem. Todo tolo, todo bobo, bem banal. Um qualquer de bem com a vida, de barba bem feita e cavanhaque.

Essa, definitivamente, não é a trilha sonora de hoje. B^)


OK VOCÊ VENCEU!!! (Adeildo Vieira)


Hoje, como ontem, tô agoniado,
desesperançado, peito ao molho de navalha
A minha alegria mais parece
nunca, mais parece nada, mais parece jamais,
nada nunca

Deitado em maca esplêndida do meu destino
Eu só queria era ficar hoje sozinho
Ah! como eu queria era fazer um poema triste e
depois compor um réquiem de cavaquinho

Entenda como eu tô triste, como eu tô triste
Dá licença pra eu ficar tão triste assim, me dá licença
Deixa eu fazer o que penso, deixa eu fazer o que sinto, dá licença
Assim como 'cê faz somente o que 'cê pensa

Mas hoje, como sempre, se eu gritar que vou pular desse edifício
O espetáculo recomenda o pulo (Pula!)

Meu Deus, por que inventei de ser artista,
Se todo mundo quer viver batendo palmas da minha dor?
E ainda por cima querem fazer um carnaval na UTI da minha alma!

OK, você venceu! OK, você venceu! Tudo, tudo agora é festa!
'Cê entra com o chute e eu entro com a testa

Então, da minha dor, tentei compor um roque, um xote,
um fox trote, um baião
Pra, no final, compor pr'ocê esta canção

Só pra você
Dançar com sua alegria
Dançar sem nenhum pavor
Dançar ao som da minha dor

Dançar com sua euforia
Dance sem nenhum pudor
Dançar ao som do meu pavor

sábado, julho 31, 2004

Thanks Google

julho 28, 2004


Está escrito


Se tudo está escrito, não existe futuro alternativo. E ainda que seja possível a viagem no tempo, essa também já está escrita.

De posse disso, que diferença me fará ou que utilidade me trará se o bom ou mau uso, a negligência ou diligência a essa informação do mesmo modo está escrita?

Ainda que eu fosse ao futuro e contemplasse um determinado instante, tanto a viagem quanto todos os seus efeitos também estariam escritos. Se eu fosse ao passado mudar os fatos acontecidos, essa decisão igualmente estaria escrita.

Corrigindo ou não, o resultado final é um só.

Está escrito.


julho 27, 2004


O que não é concatenado nessa vida?


Amor combina com dor, que combina com sofrimento, que combina com tristeza, que combina com depressão, que combina com isolamento, que combina com resgate, que combina com salvamento, que combina com esperança, que combina com tudo, mas que prefiro combinar com felicidade!

Trazer ânimo é como injetar vida, vale mais que um eletro-choque. A recompensa é indescritível.

Acho que era por isso que eu (como toda criança) sonhava em ser bombeiro, para dizer à vítima: “Bem-vinda à Vida”!


julho 26, 2004


Atendendo a um pedido!


NN deu as caras por um brevíssimo momento. Deixando um recado para todos os "blogamigos" dizendo que os amava e pedindo para visitar seu flog.

Amigo, quando é amigo, faz uma falta de lascar...

Para não dizer que sou egoísta, segue parte da conversa (com cortes, sem correções).


(20:37:39) Mythus: que novidade maravilhosa!!!!!
(20:38:03) Mythus: quanta saudade!
...
(20:47:25) Mythus: como voce está?
(20:47:39) Sorg, Vemod, Tungsindig: ( sem saber o que dizer )
...
(21:13:13) Mythus: noticias do front
(21:13:22) Mythus: ailton deletou o blog dele
(21:13:34) Mythus: Mama voltou a escrever
(21:13:57) Mythus: depois de um mes da estada de tijolinho por aqui
(21:14:22) Mythus: o blog de andrei continua como sempre
(21:14:43) Mythus: laranja anda mais calado, comenta muito pouco
(21:14:53) Mythus: mas continua postado normal
(21:15:26) Mythus: Breno está vendo se fica num emprego do Correio da Paraiba
(21:15:52) Mythus: trabalhando num novo portal de noticias do jornal
(21:16:14) Mythus: luis continua na mesma
(21:16:21) Mythus: está aprendendo a dirigir
(21:16:27) Sorg, Vemod, Tungsindig: ailton deletou o blog?
(21:16:34) Mythus: sim
(21:16:41) Sorg, Vemod, Tungsindig: Tudo?
(21:16:45) Sorg, Vemod, Tungsindig: Nao quero entrar lá
(21:16:46) Sorg, Vemod, Tungsindig: Mas
(21:16:47) Sorg, Vemod, Tungsindig: Tudo?
(21:16:54) Mythus: nao pode entrar
(21:17:00) Mythus: a url foi pro espaco
(21:17:07) Sorg, Vemod, Tungsindig: |POr qeu raios?
(21:17:09) Sorg, Vemod, Tungsindig: Putz
(21:17:13) Mythus: ninguem sabe
(21:17:16) Sorg, Vemod, Tungsindig: Tinha textos que queria pra mim
...
(21:29:50) Mythus: continuando com as noticias do front:
(21:30:06) Mythus: chovem bicas d'água aqui em Jampa
...
(21:46:05) Sorg, Vemod, Tungsindig: ( aqui sou só coadjuvante )
(21:46:39) Mythus: bem, entre nós voce é a capitaNN do MR16
(21:46:45) Mythus: veja só! (seja os últimos comments do MR16) segue:
...
(21:46:59) Sorg, Vemod, Tungsindig: :) Meu Movimento...
(21:47:00) Sorg, Vemod, Tungsindig: Acabou-se
(21:49:13) Mythus: nao tem nada de coadjuvante
(21:49:59) Sorg, Vemod, Tungsindig: ( sabe... )
(21:50:04) Sorg, Vemod, Tungsindig: ( eu tou com vontade de chorar )
(21:50:09) Sorg, Vemod, Tungsindig: ( eu amo muito vocês )
(21:50:13) Sorg, Vemod, Tungsindig: Faz um favor?
(21:50:19) Mythus: todos!
(21:50:27) Mythus: quer sangue?
(21:50:31) Sorg, Vemod, Tungsindig: :) Menos
(21:50:38) Sorg, Vemod, Tungsindig: Vc leu o /fotos, né?
(21:50:45) Mythus: li a foto
(21:50:48) Sorg, Vemod, Tungsindig: Eu preciso mesmo da PB, da Praça da Alegria
(21:50:49) Mythus: ainda nao o texto
(21:51:03) Mythus: li na foto
(21:51:17) Sorg, Vemod, Tungsindig: Entao diz aos blogamigos que eu, numa aparição breve, disse que amo todos.
(21:51:36) Sorg, Vemod, Tungsindig: E que especialmente amo ailton, bruno, luis, helber.
(21:51:40) Sorg, Vemod, Tungsindig: os MALAS
(21:51:41) Mythus: vou postar isso
(21:51:42) Sorg, Vemod, Tungsindig: E Mila
(21:51:55) Mythus: vao morrrrrreeeeeeerrr de inveja :)
(21:51:56) Sorg, Vemod, Tungsindig: E que vejam o fotolog.
(21:51:58) Sorg, Vemod, Tungsindig: QUe é pra eles.
(21:52:13) Sorg, Vemod, Tungsindig: Amo mesmo todos.
(21:52:13) Sorg, Vemod, Tungsindig: Todos.
(21:52:31) Mythus: vai ser meu post de hoje
(21:52:35) Sorg, Vemod, Tungsindig: como?
(21:52:44) Mythus: esse favor
(21:53:29) Mythus: pode deixar
...
(21:54:53) Sorg, Vemod, Tungsindig desconectou.


julho 25, 2004


Sim, eu como lixo!


Acho que fazer o último capítulo de uma temporada não deve ser coisa muito fácil, mas tem certas “obras” que deixam muito a desejar. O último capítulo de Smallville dessa terceira temporada foi um deles. Foram tantos flashes, tantas pontas soltas que fica notório que o primeiro episódio da próxima temporada não vai lhe dar as respostas de todos os flashes. Enfim, não fica a sensação de que existe a obrigação de assistir o primeiro episódio da próxima. Nas duas últimas temporadas a coisa foi muito diferente: num Lana estava no ar dentro de seu carro e Clark indo salvá-la; no outro Clark, com a kriptonita vermelha, rumava para Metrópoles.

Basta um fato, um evento, um motivo que te leve à expectativa do próximo capítulo. Essa é a receita para quase tudo nessa vida concatenada.


julho 23, 2004


Snickers, Charge, Talento, Milkybar e afins


Vamos falar das coisas boas da vida. Porque, do jeito que estou, ainda não posso comer chocolate.


julho 22, 2004


Sujeito Indeterminado: “Eu”


Onde está minha essência? Meu sentido ontológico? Seria “Eu” aquilo que os outros vêem em mim? Se assim for, declaram-me que sou um ser esquizofrênico. Hão de discordar de mim (por educação), contudo não é pacífico um entendimento ou definição única minha.

Quem se reflete no espelho é diferente do que se projeta na lente da câmera. Como é limitada a quantidade de corpo que temos para exprimir quem somos! Ao fechar os olhos e esquecer do meu tabernáculo, contemplo ações e pensamentos, vidas alternativas e épocas apenas imaginadas, momentos desmaterializados, gestos planejados em centenas de ensaios, sentimentos reprimidos.

Prefiro a solidão e quero ser alvo do amor de alguém. Preciso de liberdade e devoção. Deixe-me em paz e se preocupe comigo. Vivo bem, na tranqüilidade do meu conflito diário. Desejo miríades e não necessito de muito. Permitam-me que eu me contradiga, não atuo num papel nem numa só linha. Não creio que eu sou, talvez eu esteja apenas sendo. O que é o ser humano senão um processo construtivo de si mesmo nem sempre feito por si próprio?

Obedecendo a prioridade da conveniência e da coragem, revelo-me aos poucos, num aparente “distúrbio dissociativo de identidade” que quer viver nesse pequeno espaço corpóreo toda a multidão da minha humanidade.

Originalmente isso se tratava de uma "encomenda" de Dina que acabou por publicar em parte no flog dela. Espero que com esse texto eu possa encontrar a redenção do texto de ontem. B^)


julho 21, 2004


Como se fosse fácil


É o discurso comum de todos que terminam esse curso: “Vou passar num concurso.” Mal sabem o cálice de fel que bebem os que tomam esse destino. A perseverança da esperança vota na imutabilidade da norma, mas a verdade impiedosa que se forma é pacífica: há poucos artigos antigos, e boa parte do que vi e defendi, foi revisto. Basta uma sanção e perco um livro que até antes era atual. Meu entendimento foi revogado.


julho 20, 2004


Muito além de Byron


Numa via qualquer da praia: ...e só tinha 25 anos. Alguém viu como foi? Ninguém pegou o culpado? Será que não podemos tirá-lo desse asfalto quente? Num hospital horas depois: ...não há mais o que fazer. Agora é esperar. Deixar que ele gasta o tempo que lhe resta com seus entes. (Uns poucos estavam lá: pai, mãe, irmã, irmão, namorada/paquera, mais uns dois ou três amigos mais chegados). Num cemitério parecendo um parque coberto de grama: ...foi levado cedo demais.

Nunca me imaginei velho, sempre pensei que partiria logo. Até tive o sonho acima (Sim! Morri em meu próprio sonho). A verdade é que a juventude eterna ou a vida breve são faces da mesma moeda: o receio de envelhecer e de ver o mundo se complicando cada vez mais. Como se existisse um pouco de Peter Pan ou então uma vontade de ser um Highlander, Vampiro, Lobisomem, para que, se não for possível deixar se envolver com o mundo dos homens, que ao menos tenhamos vitalidade ou algum poder regenerador. Somos todos tomados por uma covardia diante das poucas conquistas que temos e de uma infinidade de guerras que contemplamos à frente. - Que ao menos nossa força para lutar não seja diminuída! Há um medo de, ao contemplar-se no espelho, concluir: “és decadente”. Seria mais fácil envelhecer se soubéssemos quais as armas que iremos usar quando a força e a beleza da juventude se forem. Por enquanto, ainda me pego na certeza de ser arrebatado. Não passarei pela morte, nem que eu tenha 80 quando eu for chamado. Eu creio, mas por enquanto, sinto a sensação que já não me resta muito tempo por aqui, tempo de casar, ter filhos... não vai dar tempo.


julho 19, 2004


Personificação


Sou o arauto das desgraças e aquele que te traz felicidade. Quem humilha e exalta. Escravizo, alieno, subjugo. Liberto, levo-te às alturas e à divindade. Continuamente efêmero, constantemente passageiro. De sonhos um mensageiro.

Sou amigo da loucura, na perseverança a semelhança, no jeito o efeito. Sou amigo do prazer: na bioquímica, “na química”, na cama. Velocidade... Intensidade... minha regra admirável! Sou inimigo de tudo o que for razoável.

Não conheço a profundidade do ser humano, e por quê conheceria? - Tua boca é tão bela, teus olhos tão cativantes, seu jeito de ser já denuncia... és um anjo! Tua voz? Não sei, nunca ouvi, mas tenho certeza que deve ser encantadora. - Minha imaginação cobre todos esses detalhes menores.

Não existem reservas, é hoje. Contigo é para sempre! Ontem? Ontem passou! Outrem passou! Por quê te importas!? Cansei-me de ontem, do tempo, de tudo o que é passado. É este instante que me ocupa a mente. Quero-te agora, eternamente. Foi nessa noite que conheci em ti a perfeição!

O que contemplam os meus olhos? O sol trouxe um anjo ainda mais belo.


julho 16, 2004


E o Sol ainda fingiu que sairia hoje


Eu não acredito em Astrologia, Numerologia e afins, mas sou um curioso.
Estou dizendo isso, já para não terem uma idéia errada de mim, depois do que lhes direi.
Triste, é mais ou menos assim como estou.
Por signos, sou Leão com ascendente Escorpião e no horóscopo chinês sou Tigre, mesmo assim, é na solidão da noite que produzo mais, e amo... amo de paixão, a Lua.
Sua beleza me encanta, o clima que surge é contagiante e domina-me a sensação de que posso fazer tudo que quero debaixo dela.
Tristeza... estranhamente é esse o sentimento que desperta em mim nesses dias, talvez por vários outros motivos, ou por que eu esteja passando por algum inferno astral... sinto falta do sol, de certa forma ele rege também meu humor.

Fique mesmo que por esfoço sobre-humano, pisando na areiavendo o sol nascer.
Feliz?
Logo, que nasce, sinto uma mensagem de força belíssima dentro de mim.
Para viver mais um dia.
Que eu brilhe da mesma forma.
Eu posso estar falando muita bobagem.
Fique pisando só uma vez.
Também (espero) sentirá isso, se o sol raiar e se tiver coragem.


julho 15, 2004


Previsão do Tempo


No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo.” (João 16:33b) Seria tolice imaginar que a felicidade nessa vida é uma espécie de mapa do tesouro - basta seguir os passos e encontrará o tesouro. Talvez seja mais como um quebra-cabeças, é muito mais fácil ir começando pelas bordas, mas também olhando para a figura central, e aos poucos vai se tendo uma visão geral até que por fim venha a total. Até lá, tenho que parar para respirar um bom bocado... (É um saco ficar se esforçando mental e fisicamente para ver “a coisa” concluída!) Tem hora que não dá pra ver nada além do que já foi visto, tudo é névoa, neblina, serração... nuvens nos rodeiam de cima à baixo e por todos os lados. Hoje, João Pessoa está assim, e eu estou parecendo com essa cidade também. Meu consolo é que lá em cima tem um sol brilhando. Para quem sabe voar alto, todo dia o céu está azul.

Postei a mensagem acima às 11h mais ou menos e recebi um telefonema a pouco...

Só rindo... (se eu conseguir é claro) Além de ter acordado "manso" e "feliz da vida" acabo de ter a maravilhosa notícia que meu servidor Novell na loja não quer dar boot (12:30). (Drive Boot Disk Fail). Desculpem a palavra mas:
M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4! M3RD4!....

13:15 - Pensem num homem furioso. 15:18 - Ansioso. Talvez o problema seja apenas na gaveta removível do HD.
15:35 - Há esperança. Servidor online. Base de dados (DB) corrompido.
16:41 - 1/2 barra de chocolate devorada (ele acabou, mas estou mais calmo).
16:51 - Iniciando teste na DB (1 de 2).
17:02 - Aparentemente funcionando. Continuando a recuperação da DB.
17:29 - Iniciando teste na DB (2 de 2).
17:37 - Aparentemente funcionando. Fechar o servidor e abrir o sistema da loja.
17:50 - Tudo OK. Saldo: 1 gaveta de HD perdida. (Como é relaxante fazer log)
17:55 - Conclusões precipitadas: Ainda existe corrupção da DB.
18:09 - Agora sim, tudo OK.
18:14 - Backup!
18:30 - Party Is Over... Desligar as máquinas, fechar a loja e ir pra casa!
19:31 - Em casa. Comendo besteira com suco de acerola.
19:37 - Pensem num homem relaxado.


julho 14, 2004


Honraria - Parte Dois


Tanta honra! Mais um convite. Fico muito feliz, e ao mesmo tempo preocupado com "o peso da responsabilidade". Mais uma vez digo: Escrever igual é impossível! O que está ali é o lado Malabarista de Mythus. Muito obrigado!


Slides


Ela atendeu. Ele entrou. Ela o viu. Ele beijou. Ela sorriu. Ele falou. Entreolharam-se, calaram-se, beijaram-se... coisas espalhadas no chão... roupas amassadas... sapatos arremessados... tudo fora de lugar. Nem tudo.


julho 13, 2004


Se não posso ter tudo, quero ter o melhor


Antes era um Pulsar
Viver “A” exatidão cansou.
Que vida tinha? Amo-me!
Sonhar que infringimos regras eu prefiro.
Sim... queria mudar então morri, assim desci do espaço para ser o que sou hoje.


julho 12, 2004


Tenho um Q de Frejat


Foi apenas por gosto: não quero você, não.
Por querer brincar de ser fatal: Problema? Acho que não tenha.
Isso de paixão, você não vai ouvir: e não é por medo!
Que plano, que ponto que aceitei quando você disse “vamos”?
Não, o que quer que você diga nada muda: foi um joguinho apenas.
Disse tudo, não? Ouvir mais? Está chato, para, desse jeito, continuar.
Que lembranças tenho... algo (não era humana) comigo brincando.
Caso não veja mais, ensinem-na a amar (quem age assim não sabe), ok?
Com tudo o que fiz, fui feliz e triste, a vida desse jeito é a que eu adoro.
Você sabe... devo dizer? Digo: amar tem um Q de tortura, mas ela é apenas um dos riscos.

Vai desistir por conta disso?
Aprender...
...muito, muito bom... é massa demais!
Comigo sempre foi, no fim tudo acaba bem...
Espero! :) Ainda que o coração fique parecendo massa de modelar.


julho 11, 2004


Honraria


Fiquei honrado com o convite do post! Mas escrever igual é impossível :)

Taí um post meu (esse aqui) que não vai render comentários! ;)


Nós/Eu


Este reflexo desconexo do meu rosto foi posto com desgosto. Ao gosto de outros posto. Querendo e sendo mais de um. Para de mais de um ser. Para mais de um sirvo, mais de um alguém, mais de uma coisa, mais de uma função, mais de uma profissão, mais de um dia, mais de um jeito, mais de um lugar. Sou eu querendo ser nós.

Sinto em meu cinto de inutilidades fartas armas, farpas fartas de sarcasmo escassas de orgasmo. Um cinto só. Um sinto só. Sinto que minto. Minto contra meu desejo, desejo o beijo... “Um beijo e um queijo.” Mais desejo, da boca, da pele, da coisa louca, do caso e, por acaso, dizer que caso, ouvindo perto do ouvido suado, molhado aquela voz já rouca.

Se sou um, minto. A mente sente uma semente de pensamento, que há somente uma só mente. Sente que sou mais. Eu sou aquele senhor na rua, aquele homem no porão, aquela menina na sala, a moça no colchão, aquela mulher no apartamento, a garota na janela, aquele cuidando do jardim, aquela com o gato na mão, aquele doutor, aquela prostituta, aquela avó, aquele rufião.


julho 09, 2004


Jogos Perigosos


Existem assuntos que não nos cansamos de falar.
Coisas que falamos sem seriedade nenhuma e o outro ouve com.
Que sem repararmos muda tudo entre eu e você.
Não que eu não seja voador de carteirinha assim.
Digo... Não digo... Ainda sem dizer algo ficou.
Porque as palavras que saem não são as que chegam, não é engraçado?
É o poder das palavras... que nem todo mundo leva numa boa.
Perigoso demais... prefiro jogar Imagem & Ação, corro menos risco e é uma viagem! ;)


julho 08, 2004


Dessintonizados


Nem me lembro quando foi a última vez que tive paz.
Vi que já não tinha uma vida saudável.
Você não quer trabalhar e ainda me tira do sério.
Ontem foi desse jeito, só Deus sabe o que você tinha!
À tarde, pensei, vou lhe pegar de jeito...
Noite chega... e nada.
...saudades... da época que eu não era dependente de computadores.


julho 07, 2004


Através do Universo os ETs nos escutarão


As músicas falam.
Mais do que suas letras.
Ficam recontando nossos segredos e lembranças.


julho 06, 2004


Era uma vez um blog...


A primeira vez a gente nunca esquece. Verdade...

Gostava e gosto do Danwa.Net, o chefão de lá foi com a minha cara, mas me deixar fora do ar pela segunda vez em duas semanas, não vai dar mesmo para continuar assim. (Quem sabe um dia eu não volto?) Não matei o blog de NN, matei o meu. Esse outro... Nossa! O cara precisa ser ninja para começar a mexer nisso aqui! Quanta dificuldade... (agradeço a todos que me viciaram nesse treco, perdi a noite catucando aqui).

Só está faltando agora, colocar o link dos responsáveis por minha noite em claro.

Vão entrando... puxem a cadeira e sintam-se em casa novamente.


julho 05, 2004


Infelizmente vou deixar esse menos atualizado


Sou impaciente, confesso. Não pude esperar dois dias de servidor fora do ar, eu sabia que um dia voltava. Agora não sei o que fazer com dois blogs. Vou pensar o que fazer com esse, enquanto isso, podem ir para o outro. Que certamente estará mais atualizado.

Como podem ver, faltou criatividade. O mesmo estilo foi seguido. Mas esse é muito mais organizado, sem dúvida.


julho 04, 2004


Telepatia


Sozinho sem perspectivas a frente:
- Toda noite é a mesma coisa: se não é para sair com a galera, é pra ficar em casa...
- ...IRC, MSN, ICQ, chats...
- ...ninguém me quer...

Sozinho com alguém em mente:
- Argh!!!! Não saio desse zero a zero.
- Não é possível! Só quem não percebeu foi aquela criatura! Vai gostar de me cozinhar assim no inferno!
- Hoje eu pego! Ah, se não pego! ...pego nada...

Sozinho na mira de alguém:
- Ainda não percebeu que não é o meu tipo.
- Lá vem minha cruz...
- Estou sem tempo para namorar, sem dinheiro, sem saco, não estou afim mesmo...

Namorando:
- Cadê minha individualidade? Não tenho mais tempo para mim! Como eu queria ter tempo para ler um livro...
- Tenho certeza que essa criatura é sádica! Levar-me à loucura deve ser um de seus hobbies.
- Hum... acho que poderia estar economizando uns bons trocados se não estivesse namorando.
- Quando vamos nos casar?!


julho 01, 2004


Despretensiosamente crítico


Navegando por aí acabei encontrando um trailer “A Batalha de Riddick” (The Chronicles of Riddick), de imediato se vê as influências das máquinas de Matrix Reloaded, dos egípcios intergaláticos de Stargate e das catástrofes planetárias de Um Dia Depois de Amanhã, Núcleo, Armagedom e Impacto Profundo (com ênfase nesse último, pois há uma cena particularmente parecida). É um rubacão cinematográfico! Ainda estou para ver um filme de ação com estilo original, só os de Tarantino, nesse ano.

...sempre as mesmas fórmulas...

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Sobre o Filme
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Lembra de Eclipse Mortal (Pitch Black) em 2000? Riddick (Vin Diesel) voltou às telas numa aventura cinco anos após a do primeiro filme. Se não lembra, Riddick é o-mal-que-faz-o-bem, assim como outros personagens de Vin Diesel (Velozes e Furiosos e Triplo X). E se ele não tomar cuidado vai pegar apenas esses tipos de papéis.

Ele é fugitivo de uma prisão que, para sobreviver, precisou fazer uma operação nos olhos tornando-o hipersensível à luminosidade. Se antes ele estava contra a natureza combatendo monstros-comedores-de-gente para sobreviver, agora ele está a favor, ao lado de uma raça de seres elementais. O cenário é de uma batalha entre Lord Marshal (Colm Feore) e seu exército de Necromonges e os Elementais, cuja líder, Aereon (Judi Dench), o ajudará a descobrir sua origem verdadeira.

Nessa semana de estréia ele ficou em 2º lugar (não conseguiu desbancar Harry Potter), mas deixou Garfield (nossa grande expectativa!) em 5º, perdendo também de outra estréia: As Mulheres Perfeitas (The Stepford Wives: um remake de 1975) e Shrek caiu de 2º para 3º.

Para quem gosta de assistir filme comercial (pop) sci-fi, acho que A Batalha de Riddick deverá ser uma grande pedida. Basta desligar o cérebro e curtir os 155 minutos! Previsão para que venha para João Pessoa: a-g-o-s-to-d-e-D-e-u-s... :)

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Sobre o Rubacão
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Rubacão = prato típico sertanejo, feito com arroz, feijão, carne e queijo.

quarta-feira, junho 30, 2004

Thanks Danwa.Net

junho 29, 2004


Tema único (atendendo a pedidos - sabendo que não chego a altura de vós)


RETORNO

Voou. Quando partiu sabia que nunca mais voltaria. Fora-se de vez.

Desde pequeno tinha sua vida traçada, arquitetada nos mínimos detalhes. Sabia de tudo: quantos filhos teria, em que ano casaria, quanto tempo levaria para se estabelecer. Só não sabia o que não importava: onde moraria, o nome do cachorro e a marca de seus automóveis.

Era inteligente e poderoso demais. E assim como Nabucodonosor, também precisaria ser arrebatado da terra dos homens. Suas asas foram cortadas e seu futuro apagado. Foi obrigado a retornar ao ninho.

Nabucodonosor viveu sete anos comendo erva como o boi. Quanto tempo seria necessário para um ser que fora alado voltasse a voar? Já não sabia. Precisou reaprender a viver no chão, lutar pela presa e não arrebatá-la pelos ares como de costume. Passaram-se seis longas décadas pelos seus olhos. Já não sabe muitas coisas, sabe muito menos do que quando era mais jovem, mas percebe que suas penas estão crescendo novamente.


junho 27, 2004


Visão Caleidoscópica


Sabe quando você assiste um filme e todos vêem de uma forma e você é o único que não viu daquele jeito e sim uma outra coisa completamente diferente? Foi o que aconteceu comigo hoje em “Como se Fosse a Primeira Vez” (50 First Dates)... A primeira vez que isso me aconteceu foi com o filme “O Amor é Cego” (Shallow Hal), o filme era simples, previsível, água com açúcar mas, durante aquela sessão de cinema, estava sendo relevado a mim um dos segredos do universo. Terminei o filme me indagando: o que seria da humanidade se pudéssemos ver apenas a beleza do caráter, e não a física? De certa forma, isso acaba se tornando uma espécie de justiça divina, já que, quem não tem um bom caráter, ao menos pode se valer da beleza física como arma na guerra, digo, no amor.

E o filme de hoje? Foi ótimo, milhares de questionamentos surgiram, mas isso fica para outro post para não cansar vocês. B^)


junho 26, 2004


O começo


Pensei, pensei, pen... fedeu. Parei. Wushaa... Nada que eu pense pode ser tão grandioso que mereça ser "o começo", mas pensando direito, mais difícil será manter o ritmo.