domingo, junho 10, 2007

The Windows Way

Essa história de baixar de graça uma imagem de CD do Fedora ou do Ubuntu pela internet não tem nada a ver! Prefiro pagar uma pequena fortuna e ter um DVD oficial da Microsoft. Nada de desktop tridimensional e essas várias firulas modernas, no Linux com 512Mb de RAM é possível, mas com 1Gb de RAM no Vista não é muito recomendável. Por falar em gigas, qual é a graça de ter um sistema completo que ocupe apenas 5Gb, ainda mais com os HDs de hoje? Muito melhor é ter o Vista que, sozinho, já ocupa 11Gb! Contando com outros programas como Office ultrapassa com facilidade os 15Gb. Com HDs de 40, 80, 160Gb, o que eu vou fazer com tanto espaço? A Microsoft tinha que me ajudar.

Essa coisa de também ter tudo num CD ou DVD só, não é muito minha praia. Prefiro ter um DVD para o Vista, outro para o Office, outro para o Editor de Imagens e outro para o Editor de Vetores e, claro, mais algum desembolso de dinheiro, porque, afinal de contas, eu preciso ter uma daquelas maravilhosas Centrais de Atendimento ao Usuário para resolver meus problemas tecnológicos. E se eu quiser outros programas? Basta ir no Google, clicar em vários links, vê se o programa é bom, ler os comentários dos usuários, e instalar. Nunca gostei daqueles repositórios do Linux onde basta pesquisar e pedir para instalar. Pior ainda se for num terminal, coisas do tipo: "apt-get install azureus", não tem absolutamente nenhuma emoção!

Qual a graça de baixar um pacote de codecs nesses repositórios infinitos do Linux? Assistir filmes, dvds, séries, etc é muito mais emocionante no Windows, afinal de contas, se não for possível encontrar no Google um pacotão de codecs, sempre podemos ficar testando um por um até que o Windows consiga ler o arquivo.

Se o sistema der problema em alguma coisa? Não carregar a placa de rede? Desaparecer um menu? Pegar vírus? Não tem problema! Basta reinstalar tudo do zero. Consertar uma coisa só, como no Linux é trabalhoso de mais. Formatar e reinstalar é que é o bom.

Afinal de contas, o que a gente tem para fazer da vida, senão vivê-la em função do computador?

terça-feira, junho 05, 2007

Bico: sábado a partir das 14h e domingo o dia inteiro

Gervásio é mecânico desde os 14. Aprendeu com o tio a diferença entre o que é um motor de dois tempos e um de quatro. Também é eletricista e encanador, se o dinheiro ficar curto demais. Nesses 12 anos de profissão, profissionalizou-ze também como pai, de seis: dois com a primeira mulher, dois com a segunda e dois com a terceira. Não acredita em casamento, nem em ajuntamento, nem em ficar amigado. Mora só, mas a irmã o ajuda com as crianças e ele a ajuda com um terço do que ele ganha do trabalho.

Ele já foi diferente. Já preferiu a paixão ao sossego e o gozo à certeza. Já houve tempo que era comum ver suas bochechas esconderem seus olhos no meio da gargalhada. Hoje está velho demais para rir com bobagem (faltam três semanas para completar 27). Só ri com os filhos, principalmente com os menores, quando começam a conversar com ele em idiomas estranhos.

O destino é pilantra, colocou a mulher certa cedo demais, com juízo de pinto, Lourdinha era muito nova quando engravidou do primeiro, o segundo veio quanto ela ainda tinha 16. Numa terça-feira ela resolveu que queria conhecer o mundo. Sumiu sem dar notícia. No ano seguinte, conheceu Vera, que quis cuidar das crianças mesmo depois que eles se separaram, mas quando descobriu que os 4 viviam na rua e todo dinheiro que ele mandava ela torrava na farra, não pensou duas vezes e pegou os meninos. Ano passado conheceu Mercês, no terceiro mês depois que se juntaram ela engravidou. Gêmeos. No sexto mês ele disse que iria viajar, passou um mês fora, precisava desparecer. Esse ano Mercês engravidou de novo, foi quando ele contou que tinha feito vasectomia, no mês que estivera fora.