quinta-feira, julho 28, 2005

Miolo de Pote

Como sempre, atrasado. Já não basta toda a corrida do mundo, há sempre um obstáculo que me tira do tempo. Oito e quarenta para variar. É assim que se vai marcando o estilo, logo no primeiro dia de aula do segundo semestre. Tudo normal. Agora é sentar no fundão e pegar o resto da aula...

Normal? Normal uma ova! Finalmente os deuses do Olimpo, de Asgard e do raio-que-o-parta sorriram para este pobre mortal! É lin-da! Cabelos negros e lisos, pele bem branca, olhos verdes, lábios... caracas! Que boca linda! Seios, coxas, batatas... Maldita hora que inventei de ser tímido!

Hoje não é fundão. Vou sentar duas cadeiras antes.

Hum... até a voz dela é gostosa de escutar. Vai ser uma maravilha ter esse burburinho durante essa aula chata.

Nossa... mas ela conversa, heim? Até que a aula não está tão chata assim. Ô gatinha, fica quietinha aí, vai? Custa nada, não.

Putz... o professor não vai fazer nada? Vai falar assim no inferno! Caracas! Essa mulher é o cão! Alguém tem aí uma mordaça?

Ô troço, já escutei minha cota anual de fofoca e besteirol. Eu lhe dou uma Caras de presente se você e sua amiga forem pastar lá fora!

Maldita hora que inventei de ser tímido! Amanhã é fundão! E na ponta!

sexta-feira, julho 22, 2005

Princípio da Eficiência Anglo-Saxão

Para os americanos, é atacar um país sem precisar de provas.

Para os britânicos, é matar o suspeito de terrorismo ainda em fuga.

Prefiro o brasileiro... com toda sua lentidão.


PS: O suspeito assassinado pala polícia britânica era um brasileiro morando legalmente no país.

quarta-feira, julho 20, 2005

Mania de Brasileiro

– Por que restaurantes que servem rodízio foi uma idéia que deu tão certo no Brasil?
– Porque você quer dar prejuízo ao dono do restaurante e ele quer dar prejuízo em você.
– Mas hoje eu dei! Se eu comer mais um pouco, juro que explodo!
– E eu? Não conta, não? Você não comeu por nós dois. Pague logo a conta antes que você se exploda. E nem venha chorar pro meu lado com dor na barriga...

quarta-feira, julho 13, 2005

Memo 09-GDP-2005.07.13

Caro senhor Lúcio Freitas, Diretor de Produtos de Consumo:

Em resposta ao seu memorando, sinto-me honrada. Devo confessar que o senhor me dá todos os motivos para a dedicação fora do trabalho. Já, no trabalho, modéstia à parte, acredito na minha competêcia. Peço apenas que o senhor não se atrase, no mês passado, quase que convido o motorista para jantar comigo. Gostou do café? Feliz dia 13. Obrigada pelo cartão.

Cordialmente,
Márcia Melo, gerente do Departamento Pessoal.

Memo 01-DPC-2005.07.13

Cara senhorita Márcia Melo, gerente do departamento de pessoal:

Estou enviando esse memorando com o intuito de render as mais sinceras homenagens, em virtude de sua dedicação dentro e fora do trabalho, o que demonstra que esta empresa tem um verdadeiro patrimônio no seu quadro de funcionários. Simbolicamente, ofereço um jantar, nesta quarta-feira, 13, no Ristorante Consolini, às 21:00. Apanha-la-á, em sua residência, o motorista.

Atenciosamente,
Lúcio Freitas
Diretor de Produtos de Consumo

Tema Único: Prazer

Dei-me o prazer de postar sobre o tema bem aqui, no meu flog.

Se me permitem, obrigado. B^)

domingo, julho 10, 2005

O Bilhete

Atendendo a sugestões alheias e mentais, matar-me tornou-se uma opção interessante. E sendo o último evento da minha vida, deve ser, no mínimo, espetacular, emocionante e sui generis.

Se eu estivesse num elevador e todos os cabos se arrebentassem, eu poderia flutuar numa aparente gravidade zero. Estando com um copo cheio de um líquido qualquer, eu poderia soltá-lo ou virá-lo de cabeça para baixo e ele não cairia nem derramaria seu conteúdo até o momento fatal. Convenhamos, uma experiência de 5 segundos de observação é muito pouco, não dá nem para fazer a cara de puxa-que-interessante.

Se for para cair, melhor seria a queda livre, saltando de avião, mas eu não tenho prática para "planar" na resistência do ar. Com sorte minha trajetória seria tão desengonçada quanto a dos gatos que eu arremessava ao ar quando moleque para ver se realmente caíam sobre as quatro patas – experimente você também arremessar um gato, é bem interessante.

Bala na cabeça, asfixia, comprimidos, corte de veias, tudo isso pode ser bastante agonizante, não é nada do que eu quero para mim. Overdose, para quem nunca experimentou nada além de álcool, está fora de cogitação.

Pode não ser a melhor solução, mas a única forma que encontrei que "prolongasse" o tempo da morte, dando-me chance de curtir a experiência da morte foi uma só: vou morrer bebendo Coca-Cola. Quem sabe, enquanto a morte não chega, eu consiga fazer algo espetacular, emocionante e sui generis no meio do caminho.


"Coca-Cola – Enjoy"

quinta-feira, julho 07, 2005

Quando a vida sorri sarcasticamente para você

Você não é tão criativo quanto sua namorada lhe dizia.
Não é tão bonito quanto sua tia lhe falava.
Nem tão forte quanto seu pai lhe afirmava.
Ou sequer tão inteligente quanto sua mãe lhe referia.
Apenas você sabe o quanto miserável você é.
E eu estou pouco me lixando por você ter crescido assim: iludido.

segunda-feira, julho 04, 2005

É fogo

Fumaça na casa, até que se vê a chama, lambendo a janela e estalando a ripa do telhado.

– Fogo! Cadê Luzia? Cadê Luzia? LUZIA? Corre, Pedro! Ela não tava contigo? Cadê ela?

Desesperado, põe a porta a baixo e entra gritando por ela. E volta com ela gritando com ele.

– Me larga! Me larga , seu monstro! Ah! Socorro! Me deixa! Tira as mãos de mim!

Salvou a sobrinha do fogo, depois de tê-la mandado ao inferno.
Salvou-se, por um fino, do fogo disparado por seu sobrinho.
Mas não houve salvação da ira do seu mais chegado irmão.

sexta-feira, julho 01, 2005

Reload It







.







.




.







,


,




.