quinta-feira, setembro 30, 2004

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setembro 15, 2004


Entre Presas


Era uma gata de olhos negros, tais como seus pêlos, brilhantes. Tinha sua vida, seu dono, sua dose de leite diária. Matava ratos por prazer, não os comia, fazia por pura brincadeira. Sem rotina, vivia em contrastes: acordava lentamente, preguiçosa por excelência e, quando queria, era só energia.

Daquele jeito espalhava ferormônios no ambiente, para loucura dos demais felinos da vizinhança.

Naquele olhar morto, o cão via tudo, achava-a estranha, mas não se movia da sua rotina, da sua guarda, da sua casa e ração. Era até educado na sua brutalidade, e culto ainda que bárbaro. Um misto de impiedade e lealdade.

Aquela estabilidade a enfurecia, e, só ele, ela amara.


setembro 09, 2004


Ensaios


Dedos calejados tocam instrumentos, canções antigas tocam corações.



Memórias tocam a alma.

Créditos:

Breno me mandou o link dessa animação.

Os autores fazem parte do Laboratório de Desenhos.

A página original é essa.


setembro 01, 2004


Outono de 1992


...primeiro vamos dobrar no comprido, assim... -- Foi ótimo o show com as crianças, não? Eu me atrapalhei um pouco com as cordas, mas no fim a mágica saiu direito. -- mais uma vez, no comprido... -- Você também foi muito boa com a história! As crianças nem se incomodaram com essa lona preta, nem com o sol! -- ajeita aquela ponta ali... isso... de novo... -- Bem, como eu estava dizendo, foi um milagre elas não se dispersarem nessa tarde tão seca! Você sabe hipnotizar! -- Pronto! Agora vamos juntar as pontas... assim... OUSH! Machucou você? Doeu? Ahahaha! Ouviu o barulho? Viu o brilho? Se foi essa eletricidade toda só com um toque de mãos, imagine com um beijo?!

(Acho que vou me apaixonar...)

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