Rosto Familiar
Quarta-feira de cinzas. Consultório praticamente vazio, só havia uma cliente esperando e um outro, com o doutor. Educado como sou, cumprimentei-a antes de assentar no sofá:
– Oi.
– Oi!
– Tudo bem?
– Tudo bem!
Depois de cinco minutos de silêncio, intrigado e cansado pelo esforço mental, disparei:
– Vem cá, eu te conheço de algum lugar, mas não lembro daonde...
– Eu sou sua prima!
– Ah! Prazer em revê-la! Faz tempo que não nos vemos, não? Desde quando? Natal?
– Ano novo, primo...
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