Tempo demais para dizer adeus
Quando morria alguém, tínhamos o costume de perguntar se fora de morte matada ou de morte morrida. Se fosse de morte matada, as próximas perguntas seriam sobre o autor e sobre o fatídico. Um mais curioso poderia ainda questionar se já pegaram o sujeito. Sendo de morte morrida a única pergunta que poderia se fazer era de que tinha sido, o que trazia as mais diversas respostas: de coração, de velho, de susto, de desgosto, de um baque, morria-se de todo jeito e sempre subitamente.
Hoje não. Tirando os acidentes e as mortes matadas, a ciência, quando não cura, fica infernizando-nos por meses a fio: será de câncer, será de coração, serão poucos meses. Enquanto os remédios contra dor nunca fazem efeito.
Descanse em paz e que Deus console os que ficaram.
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