Bilhetes
Prefiro andar na chuva e correr no sol.
Porque preciso entrar no clima para curti-lo.
Prefiro o tato, o olfato e o paladar.
Porque a vista e a audição sempre foram limitadas e muito pouco confiáveis.
Prefiro o prazer depois do dever.
Porque, doutro modo, o prazer tende a transformar-se em culpa.
Prefiro controlar as palavras e libertar o impulso.
Porque dificilmente um impulso meu afligirá tão profundamente quem amo.
Prefiro escrever a jogar pensamentos no ar.
Para ver se impeço que as urgências administrem minhas preferências.
E, quem sabe se relendo várias vezes, eu pare de repetir os mesmos erros.
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