De Modo Algum, Nunca, Jamais
Quando era pequeno, dizia que odiava suco de ameixa. Meu pai me forçou a experimentar e, na hora, disse que era horrível, mas se tornou um dos meus sucos preferidos.
Um tempo atrás, uma namorada me disse: ou você aprende a dançar forró ou a gente termina o namoro. Besta e apaixonado, comecei a aprender a dançar. Dizia que só estava fazendo aquele sacrifício por ela, porque, mais entrevado do que eu, impossível. Contudo, a dança se tornou algo tão legal que hoje faço dança de salão e frequento bailes regularmente.
Esporte sempre foi algo que nunca mereceu qualquer compromisso de minha parte. Entretanto, meu ortopedista disse que eu estava obrigado, o resto dos meus dias na terra, a fazer natação. Lamentei amargamente, claro. Pouco tempo depois, já estava nadando sempre que possível, preferencialmente no mar, no mínimo, 1km.
Na natação, meu professor disse que meu tempo com ele estava com os dias contados e que ele já tinha conversado com a técnica da equipe de competição do estado e era pra lá que eu deveria ir. Eu argumentei que odiava competir e que não tinha espírito competitivo. Agora que terminou o Campeonato Brasileiro de Masters de Natação, a equipe e eu, já estamos super-empolgados para participar do próximo e para ganhar mais medalhas.
Quando estava na faculdade, e mesmo depois de formado, sempre disse que nunca seria advogado, que não tinha jeito para a profissão, etc. É... Pois é... Pura ironia, não?
Só peço a você, meu caro e estimado amigo, por favor, não me obrigue a fazer absolutamente nada que você já sabe que vou odiar, certo?