segunda-feira, outubro 10, 2005

Catarina não pede arrego

Congelava.
Libertando-se do gelo, pôs-se a fugir.
Dormia e fugia para o mundo dos sonhos.
Corria e fugia para longe daquele lugar.
Era desesperador.
Mas falou consigo e se convenceu.
Controlou-se e venceu o medo.

Congelava.
Era um aperto profundo no peito.
Andava, corria, mas não se distanciava.
Por mais que se mexessem, não saía do lugar.
Era desesperador. Era depressão e impotência.
Ligou o som nas alturas para não se ouvir.
Tornou-se inimiga de si mesma.

0 comentários: