terça-feira, novembro 30, 2004

Guerras Galáticas

Estava sofrendo um ataque intenso.
Certamente, haveria muito derramamento de sangue.
Éramos quatro: um amigo que era o alvo do ataque, outro que me ajudava na defesa, o inimigo e eu.
O que poderia fazer? Conversar e ver a desgraça chegar.

(só o atacante e eu vigiávamos o movimento das frotas)

Enquanto eu e meu companheiro virávamos alvos para que eu recuasse, a conversa fluía muito bem com quem me atacava. Ele de um lado, fazendo cálculos de guerra e eu cancelando minha produção de armas que seriam pulverizadas no primeiro instante de sua chegada. Falávamos sobre aquele jogo de guerra: das estratégias de ataque, do papel de um Comandante Geral em servir de exemplo, ainda que sofresse por isso (ambos éramos CGs) e de eventos passados.

Ele ainda não tinha visto alguém que fizesse tanta questão de defender um em detrimento de si, que não se importava em sofrer o dano, que não ficaria chateado com aquele ataque até porque já tinha dito que no lugar do atacante, faria o mesmo.

Passou-se mais de uma hora e ele recuou, admitiu que tinha sido derrotado. Ficamos amigos, cada um colocou o outro na sua lista de amizade (são votos de confiança extrema, visto que ambos ficamos vulneráveis a traição do outro).

Síndrome de Estocolmo? Não, apenas escolhi a melhor arma para a defesa.

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